A SJM PERGUNTOU AO CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA UNIMED JOINVILLE: DR. THOMAS HUBER RESPONDEU
2A SJM PERGUNTOU AO CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DAUNIMED JOINVILLE: DR. THOMAS HUBER RESPONDEU
1 – Os planos de saúde concorrentes apresentam preços mais atrativos para os empresários, algo em torno de 20-30% mais baixos. Quais serão suas estratégias para enfrentamento da concorrência? Comercial – quais produtos pretende colocar no mercado?
Dr. Thomaz – A perda do monopólio de mercado, ocorrida para a Unimed Joinville frente aos novos players, deve ser combatida juntando forças com todo o Sistema Unimed. Para a Unimed Joinville manter sua autonomia como Operadora é fundamental e a inteligência é, manter a carteira saudável e não se aventurar em nichos desconhecidos ou com riscos de alta sinistralidade. Considerar fórmulas como aquisição de carteiras em outros nichos não habituais para nós por outras co-irmãs, transforma-os em clientes de intercâmbio, que resultam em mais clientes para nossos cooperados dentro dos consultórios, clínicas e recursos próprios.
b – Clientes atuais – como pretende fidelizá-los?
A característica de contratualização em rede aberta, com grande receptividade, nos coloca, entretanto, frente a clientes e fontes pagadoras mais exigentes. Fidelizá-los, exigirá esforços na excelência de atendimento. Instruí-los quanto aos nossos diferenciais, pouco divulgados, é a forma de torná-los conhecedores do valor agregado que é prestado pela nossa organização.
2 – Nos concorrentes o médico perde muito de sua autonomia e capacidade decisória por estar totalmente inserido em uma estrutura verticalizada com protocolos rígidos e intensa vigilância, mas em contrapartida leva a menor variabilidade de condutas e consequentes menores custos. Cientes de que maior variabilidade de conduta leva a desperdícios e eleva os custos da assistência: como o Sr. fará a governança clinica dos cooperados para atingir maior eficiência? Como pretende fechar acordos com clinicas e consultórios para reduzir o desperdício?
Dr. Thomas – É fundamental manter o grande diferencial da Unimed: a rede aberta, cujo alcance capilar dos consultórios e clínicas, associado a um recurso próprio altamente eficiente, constituem a razão de ser da cooperativa. Convido a todos a relerem as nossas nove propostas, onde, o equilíbrio entre manter a excelência no atendimento, o respeito a autonomia médica e a educação continuada são a chave para a solução desta questão. O forte alinhamento entre operadora e os cooperados quando em atuação de consultórios e clínicas, especificamente na nossa proposta 07 do plano de trabalho, respondem ao complemento do quesito.
3 – A ANS vem estimulando a atenção primária e o cuidado integrado dos pacientes da saúde suplementar, onde os pacientes tenham cuidados coordenados de seus problemas de saúde, visando melhores resultados em saúde. http://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/qualidade-da-saude/5733-atencao-primaria-a-saude-ans-promove-encontros-virtuais-para-debater-tema. Como o Sr. irá encaminhar este tema na cooperativa de especialistas?
Dr. Thomas – Como todas as unidades de negócio, esta passará por uma análise de viabilidade. Com os devidos ajustes, em linhas gerais pode-se projetar implantação de linhas de cuidados com participação de especialistas; cuidados primários com acesso ampliado, construído com os médicos generalistas cooperados e especialistas; interconsultas remuneradas entre os médicos através de telemedicina.
4 – Quais estratégias o Sr. adotará para gerenciar a sinistralidade? CH variável
Dr. Thomas – A sinistralidade é um indicador cuja relação é estabelecida entre receita e custo assistencial. Contratos que se tornem deficitários ou com reajustes defasados devem ser eliminados ou corrigidos. Quanto ao custo assistencial, diferenciá-lo do custo do atendimento, que pode erroneamente induzir rateio ao custo assistencial de unidades pouco eficientes. Atenção especial deve ser dada a clientes nossos no intercâmbio em planos estaduais e nacionais cujos custos apresentam curvas de crescimento. Desperdícios com prestadores não médicos ou áreas de apoio como exames laboratoriais devem ser combatidos. A otimização de compras de materiais, medicamentos e insumos utilizados no atendimento do paciente, em conjunto com clínicas, é uma das estratégias para diminuir o custo assistencial. Existe muita lição de casa antes de se lançar mão de estratégias que penalizem ainda mais o cooperado.
5 – Os hospitais de ponta brasileiros tem investido muito em Ensino e pesquisa. Quais são seus planos para o desenvolvimento do ensino e pesquisa na cooperativa?
Dr. Thomas – Este é um projeto massivo. Grandes oportunidades existem desta área ser uma unidade de negócios que beneficie a cooperativa e todos os cooperados. Linhas de pesquisa clínica são importantes fontes de renda, aliadas ao ensino, desenvolvimento e treinamento de novas tecnologias, tornando-se complemento de grande peso ao tradicional produto de assistência médica, sem falar da entrega de valor em saúde aos beneficiários. No nosso planejamento, além de existir proposta específica, este tema possibilita interface em quase todas as demais propostas, integralizando ações.
6 – Prontuário eletrônico nos consultórios integrado – atualmente temos uma base de dados estruturada com informações clinicas e de custos de todas as internações no CHU. Mas não temos informações clinicas sobre a saúde e utilização do plano de saúde pelos nossos clientes nos consultórios. O Sr. pretende adotar um prontuário eletrônico em todos os locais de atendimento dos clientes – consultórios, clinicas? Há intenção de tornar obrigatório o envio de informações dos laboratórios parceiros?
Dr. Thomas – A resposta a esta pergunta é tecnologia, investimento e processos dependente. Idealmente todas as informações deveriam estar integradas entre hospital, consultórios e clínicas. Antes disso, há oportunidade de melhorar a qualidade do dado e sua estrutura. Os mesmos problemas que temos neste sentido a concorrência também possui, porém os processos e interfaces de sistemas deles, são menos confusos do que hoje é para nosso negócio. As informações dos consultórios apesar de não serem integradas no prontuário hospitalar do paciente e nem entre as clínicas e consultórios, no quesito volume financeiro, são menos representativas do que nos recursos próprios onde são atendidos os pacientes de maior complexidade. O desafio não é apenas a integralização dos sistemas, mas sim, criar uma forma segura de fazer o acesso a informação, aderência do paciente ao acompanhamento e harmonização das equipes no atendimento.
7 – Com será a relação da nova DIRETORIA com a SJM? Qual a importância da entidade médica no seu entendimento?
Dr. Thomas – Alinhados com a missão da SJM publicitada em seu site, trabalhar em conjunto pela valorização, autonomia, respeito, representatividade, aperfeiçoamento da prática médica no ecossistema de saúde da nossa área de ação. Todo respeito a nossa entidade médica mais antiga e representativa.
8 – Qual será o posicionamento da nova DIRETORIA acerca do Centro de Oncologia? Em relação ao novo prédio que tem apresentado déficit e teve os serviços de radioterapia terceirizados?
Dr. Thomas – Novamente convidamos que se remetam as nossas propostas do nosso plano de trabalho. Entendemos todas as áreas como unidades de negócio. A proposta específica para o centro oncológico é: ser um centro de referência em oncologia no Cone Sul, um local onde todos os cooperados tenham uma oportunidade de trabalhar devido a multidisciplinaridade de atendimento do paciente oncológico. Não se resume apenas ao atendimento assistencial, mas nesta unidade, também uma forte vocação em pesquisa e ensino.
9 – Qual o plano da nova DIRETORIA para a UNIMED Joinville ser novamente atrativa para o intercâmbio?
Dr. Thomas – Mais uma vez esta reflexão foi contemplada nas nossas propostas do plano de trabalho. Estimular a oferta de um atendimento de excelência resolutivo, parcerias com as coirmãs, informações sistemáticas sobre as internações prolongadas, estreitar laços de relacionamento de boas práticas com as Singulares. Fazer bem feito, uma única vez, com resolutividade, sempre foi mais barato e portanto mais atrativo. Aliar todas estas práticas com a vocação de centros de referência em alta complexidade é a fórmula ideal.